- Área: 399 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Eresh Weerasuriya
Descrição enviada pela equipe de projeto. Escondida em uma remota ladeira do caminho ao clube de golfe Digana, encontra-se a residência Kurundu, um pequeno retiro de 4 dormitórios para um ocupado consultor financeiro e sua família. A área de 3338 m2 é caracterizada por um terreno descoberto, à exceção de uma árvore de Kohomba solitária.
Não há ocupação por habitações visível em seu entorno imediato, o que cria plena consciência da abertura e da solidão para quem está no local. Para gerar um drama adicional, o lote tem vista para parte do reservatório Victoria, que enche durante as estações de chuva, além da visão distante das montanhas de Hunnsagiriya.
A chegada a partir da rua principal da-se por uma pista áspera que curva-se através de pequenas cabanas locais, jardins, e grandes árvores de Mara, finalmente terminando em uma pista rochosa íngreme que chega ao local.
Este é o primeiro momento em que alguém entra em contato com a vista impressionante.
Com um cenário como este, a princípio pensamos que deveríamos ter um grande espaço de varanda central que, de alguma maneira, pudesse capturar a abertura explosiva desse lugar, como contraponto das vistas mais distantes, este seria o elemento focal desde onde seria possível acessar o restante dos espaços, tais como os dormitórios e espaços utilitários.
O projeto foi concebido como dois retângulos escalonados de dois pavimentos com a varanda no centro. Aproveitando ainda mais a inclinação, este espaço foi feito em meio nível em relação ao pavimento superior de acesso aos dormitórios em ambos os lados, e ao pavimento inferior, onde estão a sala de estar, a cozinha e áreas de empregados.
Além de atuar como espaço de circulação central, é também a área de estar informal, o pavimento inferior é mais aberto e adjacente a um gramado e uma piscina com vistas de 180 graus, o que faz deste o lugar onde passa-se a maioria dos dias, enquanto o nível superior é diferente em termos de ânimo e sensação, a luz filtrada pelos paus de canela agregam a sua ambiência.
Utilizando a diferença de níveis para enterrar a metade da estrutura, foi possível apresentar uma fachada de um único pavimento, indiferente à rua. Tal fachada foi revestida com paus de canela que ocultam uma passagem que conduz aos dormitórios e à varanda de entrada.
Um estreito recorte na fachada da acesso à varanda de pé-direito duplo. Não há porta de entrada.
A varanda inferior cria um terceiro espaço de vida, uma sala de estar envidraçada, que pode ser fechada e ter ar condicionado. Este é um lugar de refúgio quando a varanda inferior não é utilizável, no caso de tempestades ou durante os dias muito quentes do ano. Os dois blocos sólidos foram tratados de forma simples, com a inclinação dos telhados que conduzem a uma laje de concreto que recolhe a água da chuva. As paredes não possuem revestimento, são de tijolo pintado, e os pisos são de cimento nos dormitórios e de pedra na varanda. Os espaços imediatamente dentro e atrás do edifício são gramados, para entregar o primeiro plano diretamente ao edifício, mas o restante da terra foi conservado em seu estado selvagem.